quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Americanos usam colônias microbióticas para tratar água poluída


A empresa americana Wastewater Compliance Systems Inc. desenvolveu uma maneira eficiente e barata de aproveitar microbióticos para o tratamento de águas poluídas. Algumas colônias microbióticas são capazes de consumir os agentes poluidores de rios e lagos.

O sistema, chamado Bio-domes, também é conhecido como Poo Gloos, graças à sua aparência, que lembra um iglu. Como os pequenos seres que limpam a água precisam de condições ideais de temperatura para se desenvolverem, a empresa criou os domos de plástico concêntrico, com 1,82 metros de diâmetro e 1,5 de altura.

Dentro dessa proteção existem tubos que liberam bolhas de ar, eliminadas através de pequenos buracos no topo de sua estrutura. Esse processo puxa a água do fundo, eliminando-a pela parte de cima. Instalados em fileiras, que variam em quantidade dependendo do tamanho do lago, os domos permanecem submersos na água, com baixa pressão do ar.

Durante o percurso pelo qual a água passa dentro dos domos, as bactérias contidas na estrutura limpam a água, retirando grande parte dos contaminadores presentes nela. Os resultados obtidos no projeto piloto mostram que a redução chega a 98%, nos níveis de amônia, de 85% a 95% nos resíduos sólidos e a demanda de oxigênio de 85% a 92%.

Além de ser um processo mais natural e que utiliza pouca matéria-prima, os gastos com os Bio-domes são de oito a 20 vezes inferiores ao processo tradicional. Enquanto o projeto americano usa de US$ 150 mil a US$ 500 mil, o tratamento mecanizado tradicional custa de US$ 4 a 10 milhões.

Fonte: Revista Exame

sábado, 22 de janeiro de 2011

Placa solar no formato das telhas


A empresa americana SRS Energy não somente investiu no desenvolvimento de tecnologia fotovoltaica, como inovou. A captação da energia solar não precisa mais ser feita através de placas grandes que cobrem o telhado, mas podem se “camuflar” em meio às telhas de barro.

A placa, chamada de Solé, possui as mesmas qualidades e é utilizada da mesma maneira que as placas tradicionais. O seu diferencial é basicamente no formato, que segue as ondulações de um telhado de cerâmica, só que ao invés da cor do barro a placa é azul.

As telhas ainda não são comercializadas no Brasil, mas já são usadas pelos americanos. Além de serem “fashion” elas também são muito resistentes, feitas de polímero de alta performance um material leve, inquebrável e reciclável.

O Brasil também tem demonstrado evolução considerável no setor de energia limpa. A primeira fábrica de painéis fotovoltaicos está sendo instalada em Pernambuco. A Eco Solar do Brasil terá capacidade para produzir anualmente 850 mil painéis fotovoltaicos.

As placas comercializadas aqui deverão custar cerca de R$ 320, com capacidade para armazenar até 150 watts. No entanto, para uma família média, com quatro pessoas, o ideal é que cada residência utilize seis placas. A fábrica será responsável por um barateamento considerável, já que atualmente uma placa de 135 watts custa R$ 1,5 mil.

Fonte: Revista Exame

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Floresta ecológica no deserto do Saara

Vai sair do papel o projeto de uma floresta no inóspito deserto do Saara. A organização Bellona, que conduz a ideia, assinou um acordo junto aos governos da Noruega e da Jordânia, que vão financiar a inovação.

Apresentado durante a COP 15, em 2009, o projeto utiliza ciência e tecnologia para desenvolver regiões áridas, castigadas pela condições climáticas, transformando em lugares férteis. Segundo a organização, a floresta ecológica será implementada em uma área de 200 mil metros quadrados, ao sul de uma pequena cidade da Jordânia, próxima ao mar vermelho. 

O projeto propõe a utilização da energia solar concentrada e de estufas de água salgada para criar uma cadeia de energia e soluções agrícolas, gerando um desenvolvimento sustentável.

A ideia, que deverá virar realidade em 2015, foi desenvolvida pelo arquiteto Michael Pawlyn, pelo designer Charlie Paton e pelo engenheiro Bill Watts. Eles esperam que, com o tempo, a área possa se transformar em grande vale, florescendo com árvores que podem absorver dióxido de carbono do ar.

Fonte: Revista Exame

domingo, 9 de janeiro de 2011

Os 6 poluentes tóxicos que mais ameaçam o planeta

Atualmente, mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo estão expostas à poluição tóxica - de metais pesados, pesticidas aos radionuclídeos - em níveis superiores aos tolerados pelas organizações internacionais de saúde. Com ações de monitoramento e mitigação em regiões vulneráveis, a organização ambiental Blacksmith Institute listou os principais poluentes tóxicos que ameaçam o mundo hoje. Confira a seguir.

1 - Chumbo

Metal pesado encontrado em abundância na crosta terrestre, o chumbo é o poluente de maior ameaça em escala global: estima-se que 10 milhões de pessoas vivam em regiões contaminadas. Material químico chave para a criação de baterias de carro ( ¾ de sua produção anual é destinada à indústria automotiva), o chumbo é frequentemente liberado no meio ambiente através de processos de reciclagem informais, sem controle de segurança ambiental, e também pela atividade de mineração.

As principais formas de contaminação se dão pela ingestão de alimentos ou água contaminados e por inalação de partículas de poeira da substância, que pode se armazenar por até 30 anos no tecido ósseo. Os efeitos da exposição ao chumbo são devastadores e incluem danos neurológicos, redução de QI, anemia, distúrbios nervosos, perda de controlo muscular e, em graus elevados, até a morte.


2 - Mercúrio

Usado em centenas de aplicações, da produção de gás cloro e soda cáustica à composição de amálgamas dentárias e baterias, o mercúrio assume sua forma mais ameaçadora à saúde humana durante o garimpo de ouro.

Na mineração, ele auxilia o processo de purificação do metal valioso conhecido como "amalgamação", sendo liberado na forma de vapor no meio ambiente. Os trabalhadores, que lidam dia-a-dia na atividade garimpeira, são os mais suscetíveis a aspirar esse vapor tóxico e imperceptível. A contaminação também pode acontecer por ingestão de peixes oriundos de águas poluídas. Estima-se que 8.6 milhões de pessoas vivam em regiões vulneráveis à contaminação.

Neurotoxina potente, o mercúrio pode causar danos irreversíveis ao cérebro. Entre os sintomas da contaminação estão dormência em braços e pernas, visão nebulosa, letargia e irritabilidade, problemas renais e intoxicações pulmonares, além de prejudicar o desenvolvimento fetal.

3 - Cromo

Processos industriais são os principais responsáveis pela poluição através do chamado cromo hexavalente, a forma mais perigosa deste metal pesado e altamente cancerígena. As indústrias que mais contribuem para a contaminação envolvem operações de tratamento de metais, soldagem de aço inoxidável, produção de cromato e processo de curtimento de couro.

De todas as regiões afetadas e identificadas até agora pelo Blacksmith Institute, aproximadamente 75% estão localizados no Sul da Ásia. As comunidades locais utilizam a água contaminada para vários fins, incluindo irrigação de cultivos, higiene pessoal e para lavar louças e roupas.

Conhecido carcinógeno humano, o cromo apresenta impactos drásticos na saúde, de lesões gastrointestinais e respiratórias até anomalias genéticas em fetos em desenvolvimento.

4 - Arsênio

Em seu estado elementar, o arsênio é um material cinza sólido, frequentemente encontrado no meio ambiente combinado com outros elementos. Seus compostos geralmente formam um pó branco ou incolor que não tem cheiro ou sabor, o que dificulta identificação do tóxico em alimentos, na água ou na atmosfera.

Segundo o Blacksmith Institute, em todo o mundo, pelo menos 3,7 milhões de pessoas vivem em regiões contaminadas. Boa parte das ocorrências é de origem natural em nascentes que apresentam alta concentração do metal no sul e leste asiáticos, onde consumo de arroz cultivado com água contaminada e a ingestão do líquido são os responsáveis pelo envenenamento.

O arsênio também é largamente empregado em processos de fundição de metais e na conservação de madeira. Quando aquecido, é liberado no ar como poeira, e pode ser inalado pelos trabalhadores. A intoxicação por arsênio provoca, em casos menos graves, o aparecimento de feridas na pele que não cicatrizam e diminuição da produção de glóbulos vermelhos. Em um estado mais crítico da contaminação, podem aparecer gangrenas, danos a órgãos vitais, câncer de pele e até levar a morte.

5 - Pesticidas

Os pesticidas usados na agricultura, muitas vezes migram para proximidades de córregos, rios, lagos e fontes de água subterrâneas. Muitos se acumulam nos tecidos dos organismos aquáticos, que se tornam fontes potenciais de contaminação caso ingeridos.

Aqueles que trabalham com o cultivo, estão expostos aos agrotóxicos através da exposição dérmica. Na maioria dos países de baixa e média renda, os pesticidas são aplicados normalmente sem o uso de equipamentos de proteção. Os pesticidas também entram no corpo humano por inalação quando se respira o vapor de sprays químicos durante a aplicação nos campos. Outra fonte de intoxicação é por consumo de água contaminada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em conjunto com a United Nations Environment Programme, a cada ano, três milhões de trabalhadores agrícolas sofrem de casos agudos de intoxicação por agrotóxicos, muitos dos quais ocorrem em países de baixa e média renda. Os efeitos agudos da exposição a pesticidas podem incluir dores de cabeça, tonturas, náuseas, convulsões e até a morte.

6 - Radionuclídeos

Da mineração de urânio para a produção de armas e reatores nucleares à fabricação de produtos radiológicos de uso hospitalar, os radionuclídeos são uma verdadeira bomba atômica para a saúde de qualquer ser humano. Segundo Blacksmith Institute, cerca de 3.3 milhões de pessoas vivem em regiões vulneráveis à contaminação.

Não há nível seguro de exposição à radiação. Intoxicados com doses não letais podem sofrer alterações sanguíneas, náuseas e fadiga. As crianças são particularmente vulneráveis. Durante o seu crescimento, as células se dividem sem parar, e mais oportunidades existem para a radiação interferir no processo. Durante o desenvolvimento fetal, isso pode resultar em anomalias genéticas.

Em 1987, um acidente radiológico no Brasil envolveu o Césio-137. Uma cápsula contendo o elemento foi encontrada nos escombros do Instituto Goiano de Radioterapia e vendida a um ferro-velho. A luminescência do césio atraiu a atenção de moradores da região que o passaram de mão em mão. Mais de 800 pessoas foram contaminadas e pelo menos outras 200 morreram devido aos efeitos da radiação.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Pegada Ecológica


Quer saber quantos planetas Terra seriam necessários se todos os habitantes tivessem o mesmo estilo de vida que você? Então, responda ao questionário http://www.pegadaecologica.org.br/ e se surpreenda!

Saco é um saco!

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou o balanço da campanha Saco é um Saco, lançada em 2009 para reduzir o consumo de sacolas plásticas. Em um ano e meio, cerca de 5 bilhões de sacolinhas deixaram de ser usadas. De acordo com o MMA, o número superou a meta, que era de 1,5 bilhão a menos de sacolas.

O balanço é baseado em estimativas das redes de supermercado Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour e pelo Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, da indústria do plástico, além de informações de cidades que decidiram proibir o uso de sacolinhas, como Jundiaí, no interior de São Paulo.

A meta agora é reduzir o consumo de sacolas plásticas em 40% até 2014 em todas as lojas do país. O número foi acertado em convênio assinado entre o governo e a Associação Brasileira de Supermercados.

Além do compromisso setorial, algumas redes de supermercados apresentaram metas próprias, segundo o MMA. O Walmart , que atualmente oferece descontos ao cliente que usa embalagens retornáveis, pretende reduzir a utilização de sacolinhas em 50% até 2013. Já o grupo Carrefour espera chegar em 2014 sem oferecer nenhuma sacola plástica.

Fonte: Revista Exame

Pesquisadores criam reator que converte luz solar em combustível líquido


Um reator capaz de produzir rapidamente combustível a partir da luz solar, com o uso de dióxido de carbono e água, é a novidade descrita por um grupo de cientistas na edição atual da revista Science.

O processo, que emprega também um óxido do raro metal cério, é semelhante ao observado no crescimento das plantas: o uso de energia do sol para converter dióxido de carbono em polímeros baseados em açúcar, isto é, compostos orgânicos.

Os compostos derivados da fotossíntese podem perder oxigênio por meio da degradação no subsolo durante milhares de anos (cujo resultado são os combustíveis fósseis como o petróleo) ou por um processo muito mais rápido de dissolução, fermentação e hidrogenização, empregado na produção de biocombustíveis.

Até agora, a conversão de luz solar em combustível químico não se mostrou um processo eficiente e a geração de combustível solar, na prática, continua distante.

Na nova pesquisa, William Chueh, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, e colegas demonstram um possível modelo de reator para essa produção.

No modelo, a luz solar é concentrada para aquecer o óxido de cério a uma temperatura suficiente para que o oxigênio se desprenda de sua estrutura. O modelo então também tiraria átomos de oxigênio da água ou do dióxido de carbono para substituir os que foram perdidos no óxido, resultando na produção de hidrogênio e de monóxido de carbono.

O hidrogênio e o monóxido de carbono que sobraram podem ser combinados de modo a produzir combustíveis por meio de uma nova catálise.

O modelo conta com uma abertura para permitir a entrada de luz solar de forma concentrada e desenhada de modo a refleti-la internamente por múltiplas vezes, garantindo a captura eficiente da luz. Peças cilíndricas do óxido são posicionadas dentro da cavidade e passam por centenas de ciclos de aquecimento e esfriamento de modo a induzir a produção de combustível.

Fonte: Revista Exame

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Escorrega Ecológico

A ideia de sustentabilidade e ecologia chegou às praças de cidade do Rio. Depois do Humaitá, na Zona Sul do Rio, foi a vez de uma praça do Leme, também na Zona Sul, receber um escorrega ecológico. Os equipamentos, ecologicamente corretos, são feitos de polietileno, mais conhecido como madeira plástica e estão sendo instalados pela Companhia municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).

Segundo a companhia, o objetivo da troca dos escorregas é fazer com que o material não ofereça risco às crianças. Ainda de acordo com a Comlurb, a manutenção do brinquedo será fácil, pois ele não precisa de pintura constante e seu material não é passível de degradação.

Três novos escorregas serão instalados na semana que vem. Os próximos bairros a serem beneficiados são a Penha, na Zona Norte, e Laranjeiras e Glória, na Zona Sul.

Outros brinquedos que fazem parte das pracinhas cariocas também ganharão suas versões ecológicas. Segundo a Comlurb, eles serão substituídos gradativamente, conforme se adequem ao novo material.

Todos os equipamentos são criados e desenvolvidos pelos próprios funcionários da Comlurb. Ainda de acordo com a companhia, o material vem da reciclagem feita através da coleta seletiva praticada pela empresa.

Fonte: G1